DESCRIÇÃO
O projeto se chama Karawara, o título tirado de uma das doze músicas que selecionamos, que carrega e expressa o espírito do projeto por si só. “Karawara” é uma palavra polissêmica de origem tupi-guarani (da família linguística das terras baixas da América do Sul) que, entre outras definições, se refere aos “espíritos da floresta”. Nesse sentido, Karawara presta homenagem aos povos indígenas do mundo, e sua história de luta em relação aos direitos humanos básicos e reconhecimento. Karawara também aborda temas como ancestralidade, espiritualidade e questões ambientais e sociais, usando a música como um meio para disseminar uma mensagem de paz, esperança, humanidade e compaixão.
Radicalmente, Karawara deriva de outra música minha incluída no projeto, "In Essence", que explora a ideia de retornar às próprias raízes --- ao básico --- ao que é essencial. Definitivamente, "essência" significa "a natureza invariável de uma coisa", "sua característica ou características individuais significativas" e "uma substância contendo suas propriedades características em forma concentrada". Eu queria usar essas ideias, inextricáveis e “essência”, para explorar novas maneiras de criar material musical e novas maneiras de me desafiar a refinar minha arte em uma busca para encontrar minha voz e descobrir novas maneiras de expressar música. Tenho tentado aplicar essa noção em muitos aspectos da minha prática artística: no processo criativo, nas abordagens de composição (individualmente e com colaboradores), no desenvolvimento de ideias musicais em seus diferentes elementos (letras, melodias, harmonias, ritmos e estruturas) e, o mais importante, na capacidade de "colocar tudo junto".
Algumas das canções incluídas no Karawara foram escritas individualmente e algumas das peças são o resultado da colaboração com parceiros de longa data com quem trabalho há mais de uma década: Enrico Lima (cantor-compositor / poeta), Fernando Moreno (poeta), Antonio Marinho (poeta), Jordan Zalis (cantor-compositor / poeta), só para citar alguns. Somos todos incrivelmente apaixonados por música e dedicados à prática colaborativa, e essa experiência é a base artística e fundamental deste projeto.
Outro aspecto crítico do Karawara é como eu reflito e negocio as influências da minha formação musical e formação em meu país de origem, o Brasil. Culturalmente falando, o Brasil é tão rico e diversificado com uma grande variedade de estilos e ritmos musicais que eu incorporei e expressei na minha arte. Mas integrado mais como ponto de partida (uma plataforma de lançamento), seria negligente em ignorar as novas influências acumuladas em novas experiências que vêm de uma vida de curiosidade, aventura e colaboração: minha migração para o Canadá (com seus desafios); revelações neo culturais; tocar em diferentes projetos musicais; e viajar para estudar, se apresentar e participar de eventos musicais internacionais. Tudo isso serviu (e continuará a servir) como matéria-prima para as medidas composicionais e artísticas deste projeto
Considerações:
- Homenagem aos povos indígenas do Brasil e do mundo, seu legado e a sua história de luta e resistência.
- Reverência à ancestralidade e a espiritualidade.
- Inquietações e preocupações com questões ambientais e sociais.
- Conexão com a Natureza.
- Simplicidade.
- Mensagem de paz, de esperança, de humanidade e compaixão.
- Música feita de forma orgânica, quase que artesanal.
- Pluralidade de ritmos (ijexá, tambores do Maranhão, maracatu, Afro-beat, Reggae, Samba, flertadas com Funk e o Jazz).
- Canções foram compostas sozinho como em Karawara, canção que leva titulo do álbum, ou em colaboração com antigos parceiros, como Enrico Lima, Fernando Moreno, Vovô Saramanda e Roos Van Den Berg.
- Matéria-prima começa nas composições feitas à voz e violão, que são as bases e apontam os caminhos dos arranjos.
- Todas as músicas já tinham sido experimentadas em performances ao vivo solo ou com a banda que me acompanha nos últimos anos em Montreal.
- *Para gravação, tive a honra de ter Carlos Bala*(que estava de passagem por Montreal) na bateria.
- Mestre Vovô Saramanda * na percussão.
- Participações especiais*
- Músicos do Canadá, do Brasil.
- Arranjos de metais: Parrô Mello (Recife).
- Naipe de metais também de Recife (intenção de buscar sonoridade específica desse lugar com uma tradição fortíssima e com identidade carregada de brasilidade).
- 10 músicas em Português, 2 em Inglês e 1 em Francês.
FAIXAS
01. AGÔ
Intérprete: Rommel
Autoria: Rommel Ribeiro / Enrico Lima / Orlando Macedo
Editora: Direto
02. IN ESSENCE
Intérprete: Rommel
Autoria: Fernando Moreno / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
03. KARAWARA
Intérprete: Rommel
Autoria: Rommel Ribeiro
Editora: Direto
04. A COR-DE-COMPOSIÇÃO
Intérprete: Rommel e Fernando Spotti
Autoria: Enrico Lima / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
05. PÉROLA DE ESPUMA
Intérprete: Rommel
Autoria: Fernando Moreno / Gabriel Fernam / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
06. VAI BROTAR DA TERRA
Intérprete: Rommel
Autoria: Fernando Moreno / Enrico Lima / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
07. C'EST PLUS LA PLUIE
Intérprete: Rommel
Autoria: Rommel Ribeiro / Enrico Lima
Editora: Direto
08. LA FONTAINE
Intérprete: Rommel
Autoria: Fernando Moreno / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
09. INQUIÉTUDE
Intérprete: Rommel
Autoria: Antonio Marinho / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
10. FULL CIRCLE
Intérprete: Rommel
Autoria: Russ Van Den Berg / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
11. BATE-VOLTA
Intérprete: Rommel
Autoria: Fernando Moreno / Enrico Lima / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
12. GELO E BRASA
Intérprete: Rommel
Autoria: Enrico Lima / Rommel Ribeiro
Editora: Direto
13. SELVAGEM
Intérprete: Rommel
Autoria: Rommel Ribeiro / Enrico Lima / Fernando Moreno
Editora: Direto